Meu Nome é Bagdá Nacional Online
Bagdá (Grace Orsato) é uma jovem skatista de 16 anos que passa os dias ao lado dos amigos, fazendo manobras na pista local, fumando maconha e jogando baralho. Aos poucos ela se aproxima de Vanessa (Nick Batista), estimulada a participar do grupo. Juntas, elas conhecem outras meninas skatistas e estreitam laços de amizade.
No início de Meu Nome é Bagdá uma pessoa, que não conseguimos identificar, faz manobras num skate nos corredores de uma escola. A câmera acompanha esse personagem, até o momento em que chega a um portão, nesse momento nos é revelado que o que acabamos de ver foi uma garota mostrando que mulheres também podem fazer altas manobras no skate. Ao pular o portão essa personagem picha em um muro com algo que lembra um batom ou algo assim. Ela escreve na parede “F***-SE”. Um grito para todos, inclusive aos que assitem ao filme, que acham que ela não pode ser o que ela é e ser como ela é!
Apartir dessa introdução, Caru Alves de Souza, do premiado De Menor, nos dá o tom do que veremos em tela. Um manifesto feminista para mostrar a todos que e todas, que a mulher pode tudo que ela quiser. Seguindo a jovem Bagdá, de 17 anos, passamos a ter uma visão do que é ser mulher e adolescente na perifiria de São Paulo. Tendo o skate, como fio condutor vemos um retrato da sociedade preconceituosa, machista e homofóbica em que vivemos.
É interessante que todos ao redor de Bagdá são mulheres. Ou melhor quase todos! Os homens que aparecem são sempre homens tóxicos que só faz mal a sociedade, com excessão de Emílio (Emílio Serrano), o dono do salão onde a mãe de Bagdá, Micheline (Karina Bhur irreconhecível e excelente). Os amigos de Bagdá também são “boas pessoas”, mas neles tem um resquício de machismo velado. Em especial em Clever (João Paulo Bienermann), que nos proporciona uma cena revoltante e outra que emociona.
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