Loop Nacional Online
Quando a namorada morre assassinada, Daniel (Bruno Gagliasso) fica obcecado em encontrar um jeito de voltar no tempo. Depois de passar anos isolado buscando por uma solução, ele encontra uma maneira de regressar ao passado, deixando para trás seu futuro. Na expectativa de mudar os fatos, ele acaba preso em um looping de acontecimentos.
De maneira geral, Loop é um filme que já vimos antes. Uma mistura de Efeito Borboleta com O Homem do Futuro, o longa de Bruno Bini se diferencia em alguns pontos, como ao adotar um tom mais depressivo e sombrio. O protagonista Daniel (Bruno Gagliasso), cuja força está especialmente na interação intimista com a irmã Simone (Branca Messina), carrega uma tristeza constante que em um primeiro momento parece vaga, mas aos poucos revela a dor profunda vivida pelo personagem. Gagliasso, inclusive, conscientemente ou não, exibe uma semelhança notável com o jovem Jake Gyllenhaal em Donnie Darko, desde seu cabelo bagunçado, ombros curvados e cabeça cabisbaixa até a melancolia característica do filme de Richard Kelly, isso sem mencionar que ambas as produções acompanham o drama de um rapaz que busca transitar no espaço-tempo para salvar a namorada.
Ao contrário de O Homem do Futuro, no entanto, que faz questão de empregar elementos brasileiros em seu desenvolvimento — a música Somos Tão Jovens, do Legião Urbana, permear todo a trama é a prova disso —, Loop poderia facilmente se passar em qualquer cidade. Embora seja sinalizado que se trata do estado de Mato Grosso, mais especificamente Cuiabá, a localização não desempenha um papel específico na história, nem mesmo na ambientação. Não que isso seja necessariamente uma questão, pois não interfere no andamento da narrativa, mas ao mesmo tempo parece um desperdício não incluir uma referência sólida ao local, principalmente se levado em conta que não é comum assistirmos a filmes mais comerciais que se passam fora do sudeste.
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